Here is your Dora vs. Tempest story...just not sure what language it's in.
Pierre Clostermann normalmente retornava de
uma missão vitorioso, mas dessa vez ... não
Por duas vezes meu instinto de perigo não se fez presente. A segunda delas, aconteceu no dia 21 de abril de 1945, quando a guerra estava na iminência de terminar. Eu liderava uma patrulha de cinco Tempests ao longo da estrada que liga Osnabruck a Bremen, por sobre o lago Dummersee. Pilotávamos o melhor caça que a RAF possuía e a guerra estava prestes a terminar. Estávamos super confiantes, mas nas últimas semanas a 1/JG26 havia derrubado 14 Tempests !!!
Derrepente, um twittler Wulf "Nariz Comprido", surgiu das nuvens e antes que eu pudésse ter qualquer reação, meu ala esquerda explodia em chamas, para logo em seguida outra explosão acontecer do meu lado direito, e eu só ter tempo de ver o votorioso Fw 190 desaparecer entre as nuvens para surgir em seguida acima da superfície do lago Dummersee.
Chamei pelo rádio o outro ala, o australiano Bay Adams, e ordenei-o que assumisse o comando da esquadrilha. Disse ainda "Me cubra. Deixe o boche comigo. É um alvo fácil". Essa seria uma frase que ficaria em minha memória...
...Empurrei a manete de potência ao máximo, e o Tempest mergulhou a 800 km/h. Nivelei bem em cima do lago e aproximei-me do Fw a uns 400 metros. Pensei que estivesse com vantagem, pois estava com o Sol por trás. Ajustei o visor, armei os quatro canhões e quando levantei a cabeça o Fw não estava mais lá. Meu Deus, aonde esta o boche?
Esse cara deixou-me aproximar, fazendo-se de morto, e quando estou ajustando o visor desaparece. Quase que por instinto, vislumbro uma sombra acima do meu avião. É o Fw que sobe como um foguete. Automaticamente pucho o manche e subo atrás do alemão, vendo a parte inferior do Fw suja de óleo. Continuo subindo, e derrepente meu Tempest estola. Fico completamente atordoado, pois entrar em um stol num Tempest a menos de 3 000 metros é terminantemente proibido. Estou em pânico. Corto o fio da "overspeed", e faço uma manobra maluca na tentativa de recuperar velocidade, mas onde está o Fw. Perdi-o de novo. Sinto o BANG de um obus na capota do motor e em seguida um outro. Meu coração dispara. A hélica para, e observo fumaça saindo dos escapamentos. Ninguém pode imaginar a sensação que um piloto sente neste momento. Todas as palavras desaparecem e o medo toma conta de seu corpo, mas eu ainda estou vivo.
Como sempre, foi uma questão de centímetros. O primeiro obus atingiu a blindagem do tanque de combustível, e o que seria se a blindagem não suportasse o impacto. Comecei a planar, se é que posso dizer que um Tempest plana.Eu estava muito baixo para saltar de para-quedas, e por isso entro em pánico de novo. Tento destravar o canopy, para ejeta-lo, mas o mecanismo não funciona. Olho para cima, e vejo uma fuselagem de côr ocre com manchas verdes, faixas vermelha e amarela na cauda e uma cruz preta. Que bela máquina. Faço uma aterrisagem forçada após deslizar por mais de 100 metros de lama...
...O D9 balança suas asas e desaparece...
... O piloto alemão, era provavelmente Rudi Wurlf da III/JG 301, com 48 vitórias em 8 meses de combate...
... A III/JG 301 abateu naquele dia 3 Tempests.
From:
http://www.milavicorner.hpg.ig.com.br/tempest/stories.htm